Quinha Vive! Lembrança e Luta pela Educação e pela Justiça Social

Dia 04 de outubro completará seis meses da morte de nosso grande companheiro e articulador do Coletivo Sintepp na Escola e na Luta no Pará. Antônio Netto, o Quinha, era um grande lutador das causas sociais e, especificamente, da educação....

Dia 04 de outubro completará seis meses da morte de nosso grande companheiro e articulador do Coletivo Sintepp na Escola e na Luta no Pará. Antônio Netto, o Quinha, era um grande lutador das causas sociais e, especificamente, da educação. Dirigente sindical no Sintepp, Stalinista convicto, uma das suas frases preferidas durante os debates era “não podemos tergiversar companheiro(a)”. Realmente hesitar não era uma prática do camarada. Ele sabia muito bem do seu papel na luta e construção de uma sociedade socialista.

Sua inquietação demonstrava um pouco de sua personalidade, que algumas vezes passava de um extremo ao outro que em poucos segundos o fazia fitar para algo que não concordava. Nas ações não parava. Articulava, conversava, ria e brigava com grande espontaneidade. Aprendia e ensinava ao ler e nas conversas. Passava 24 horas maquinando contra o sistema e articulando a luta para transformá-lo.

Nos últimos anos foi acometido por um processo depressivo que o levou ao consumo excessivo de produtos químicos. Somando-se a isso, a perda de grande parte da visão lhe tirou aquilo que gostava tanto de fazer: ler e produzir textos. Sua orientação junto aos companheiros(as) sempre foi para escrever nossas ideias e nossas ações. Gostava também de usar uma das frases de Paulo Freire “A teoria sem a prática vira ‘verbalismo’, assim como a prática sem teoria vira ‘ativismo’. No entanto, quando se une a prática com a teoria tem-se a práxis, a ação criadora e modificadora da realidade”.

Essa era sua busca incessante dentro do Coletivo. Provocou em vários momentos transformar em escrita nossas ações e pensamentos através das edições do Jornal Espaço Dialógico. Conseguiu reunir dentro do Coletivo diversos companheiros e companheiras com pensamentos diferentes, mas, sem dúvida, nenhum de direita ou, principalmente, bolsonarista. Quem o conheceu sabia que seu temperamento variava, porém não descaracterizava o seu lado humano e companheiro. Marcou a História do Sintepp no Pará, da luta dos trabalhadores da educação e de muitos companheiros e companheiras.  ANTÔNIO NETTO PRESENTE, PRESENTE, PRESENTE!